Alvorada 

O maracatu de baque solto ou maracatu rural é uma manifestação cultural que acontece no estado de Pernambuco desde o século XVII, principalmente na região da zona da mata; Na cidade de Nazaré da Mata, berço do maracatu rural, os maracatuzeiros estavam sendo intimidados durante suas sambadas e batidas de terno (ensaios) pela polícia com ‘toques de recolher’, proibindo-os de amanhecerem o dia, uma tradição da brincadeira. Após anos de silenciamento, os mestres e maracatuzeiros denunciaram ao Ministério Público de Pernambuco o que estavam sofrendo, e ganharam uma recomendação de proteção por parte de promotores da justiça para que possam fazer suas sambadas até raiar o dia novamente, mantendo a tradição. O cerceamento que eles sofreram, foi uma interferência direta no fazer cultural, na vivência, e consequentemente na cultura do Estado“. A importância de amanhecer o dia fica mais fácil de se entender se for pensada talvez como uma coisa mística, religiosa. Parece simples, mas não é. Precisa-se de uma noite inteira mas não se trata de quantidade de tempo, e sim da possibilidade de suspensão do tempo. Fazer o tempo parar: As pessoas que realizam o trabalho braçal mais pesado só sabem se divertir também levando seu corpo ao limite na dança, no canto, no malabarismo mental da rima. (…)” Siba Veloso. Então aconteceu ‘Alvorada’, uma sambada de maracatu em Nazaré da Mata, na frente do quartel da polícia, comemorando a vitória dessa decisão e a manutenção da tradição de raiar o dia; Esse símbolo cultural do Estado que foi interrompido pela polícia por anos, é a apoteose do carnaval e Patrimônio cultural e imaterial pela ONU. Fica aqui um pensamento de que, quando as luzes dos grandes holofotes se apagam, pra onde estão voltados os olhos das pessoas que se encantam em ver o maracatu se apresentar?


Essa série foi realizada durante a Festa Alvorada, na cidade de Nazaré da Mata, em Pernambuco.


Esse trabalho dialoga com outros dois, o “Maracatu” e “Quantas mãos fazem um maracatu?”, que formam uma tríade sobre o Maracatu. A primeira série é ‘Maracatu’, que traz retratos dos brincantes durante um encontro que acontece todo ano no carnaval de Olinda, é um momento onde vemos os personagens num cortejo colorido, cheio de paetês e muito brilho durante a apresentação. A segunda é “Alvorada” que fala sobre uma sambada de maracatu, que foi feita em comemoração à uma liminar da justiça, deferida a favor dos maracatuzeiros, sobre o toque de recolher que era dado pela polícia por 3 anos, proibindo-os de raiarem o dia, uma tradição na cidade de Nazaré da Mata, berço do maracatu rural. E a terceira série é “Quantas mãos fazem um maracatu?” que fala do maracatu no começo, de dar forma, de um pano simples antes de todo o brilho, de fazer a roupa de um dos personagens mais emblemáticos do maracatu, o caboclo de lança.

Alvorada

Maracatu de Baque Maracatu suelto o rural es un evento cultural que tiene lugar en el estado de Pernambuco desde el siglo XVII, principalmente en la región de la Zona da Mata; En la ciudad de Nazaré da Mata, cuna del maracatu rural, los maracatuzeiros eran intimidados durante sus sambadas y ensayos por la policía con 'toques de queda', prohibiéndoles amanecer, una tradición del juego desde hace años. De silencio, los maestros y maracatuzeiros denunciaron lo que padecían ante el Ministerio Público de Pernambuco, y recibieron una recomendación de protección de los fiscales para que puedan volver a bailar sus sambadas hasta el amanecer, manteniendo la tradición. La restricción que sufrieron fue una injerencia directa en las actividades culturales, en la experiencia y, en consecuencia, en la cultura del Estado. “La importancia del amanecer del día se vuelve más fácil de entender si tal vez se piensa como algo místico, religioso. cosa. Parece sencillo, pero no lo es. Necesitas una noche entera pero no se trata de la cantidad de tiempo, sino de la posibilidad de suspender el tiempo. Detener el tiempo: Las personas que realizan los trabajos manuales más duros sólo saben divertirse llevando su cuerpo al límite bailando, cantando y haciendo malabares mentales con rimas. (…)” Siba Veloso Luego tuvo lugar ‘Alvorada’, una sambada maracatu en Nazaré da Mata, frente a la sede de la policía, celebrando la victoria de esta decisión y el mantenimiento de la tradición del amanecer; Este símbolo cultural del Estado que fue interrumpido por la policía durante años, es la apoteosis del carnaval y del patrimonio cultural e inmaterial por parte de la ONU. Cabe pensar que, cuando se apagan los grandes focos, ¿dónde quedan los ojos de la gente que queda encantada de ver actuar el maracatu?<br>Este ciclo se realizó durante la Festa Alvorada, en la ciudad de Nazaré da Mata, en Pernambuco.<br>Esta obra dialoga con otras dos, “Maracatu” y “¿Cuántas manos hace un maracatu?”, que forman una tríada sobre Maracatu. La primera serie es 'Maracatu', que presenta retratos de los participantes durante un encuentro que se realiza cada año en el carnaval de Olinda, es un momento donde vemos a los personajes en una procesión colorida, llena de lentejuelas y mucho brillo durante el presentación. El segundo es “Alvorada” que habla de una sambada maracatu, que se hizo en celebración de un amparo judicial, concedido a favor de los maracatuzeiros, sobre el toque de queda impuesto por la policía durante 3 años, prohibiéndoles la madrugada, un tradición en la ciudad de Nazaré da Mata, cuna del maracatu rural. Y la tercera serie es “¿Cuántas manos forman un maracatu?” que habla de maracatu al principio, de darle forma, de una simple tela antes de todo el brillo, de confeccionar la ropa de uno de los personajes más emblemáticos del maracatu, el caboclo de lanza.

Alvorada

Maracatu de Baque Loose or rural maracatu is a cultural event that has taken place in the state of Pernambuco since the 17th century, mainly in the Zona da Mata region; In the city of Nazaré da Mata, the birthplace of rural maracatu, the maracatuzeiros were being intimidated during their sambadas and party beats (rehearsals) by the police with 'curfews', prohibiting them from dawning the day, a tradition of the game. years of silence, the masters and maracatuzeiros reported what they were suffering to the Public Ministry of Pernambuco, and received a recommendation for protection from prosecutors so that they can perform their sambadas until dawn again, maintaining the tradition. The restriction they suffered was a direct interference in the cultural activities, in the experience, and consequently in the culture of the State. “The importance of the dawn of the day becomes easier to understand if it is perhaps thought of as a mystical, religious thing. It seems simple, but it's not. You need a whole night but it's not about the amount of time, it's about the possibility of suspending time. Making time stop: People who do the hardest manual work only know how to have fun by pushing their body to the limit in dancing, singing, and mentally juggling rhymes. (…)” Siba VelosoThen ‘Alvorada’ took place, a maracatu sambada in Nazaré da Mata, in front of the police headquarters, celebrating the victory of this decision and the maintenance of the tradition of dawn; This cultural symbol of the State that was interrupted by the police for years, is the apotheosis of carnival and cultural and intangible heritage by the UN. Here's a thought that, when the big spotlights go out, where do the eyes of the people who are enchanted to see maracatu perform?<br>This series was held during Festa Alvorada, in the city of Nazaré da Mata, in Pernambuco.<br>This work dialogues with two others, “Maracatu” and “How many hands do a maracatu?”, which form a triad about Maracatu. The first series is 'Maracatu', which features portraits of the participants during a meeting that takes place every year at the Olinda carnival, it is a moment where we see the characters in a colorful procession, full of sequins and lots of glitter during the presentation. The second is “Alvorada” &amp;nbsp;which talks about a maracatu sambada, which was made in celebration of a court injunction, granted in favor of the maracatuzeiros, about the curfew that was given by the police for 3 years, prohibiting them dawn, a tradition in the city of Nazaré da Mata, birthplace of rural maracatu. And the third series is “How many hands make a maracatu?” which talks about maracatu at the beginning, of giving shape, of a simple cloth before all the glitter, of making the clothes of one of the most emblematic characters of maracatu, the caboclo de lance.